O empreendedor típico de Lisboa tem entre 25 e 35 anos e possui mais qualificações do que a média da mão-de-obra em Portugal, de acordo com um estudo apresentado hoje sobre empreendedorismo na capital portuguesa.
“Sete ideias e cinco perguntas sobre empreendedorismo em Lisboa” é o nome do estudo que analisou 62 empresas das 178 que fazem parte da rede de incubadoras da capital.
A rede de incubadoras inclui um conjunto de espaços de incubação, onde várias empresas recém-criadas podem operar com baixos custos fixos até atingir os três anos de atividade.
Segundo dados enviados à agência Lusa pela vereadora da Economia da Câmara de Lisboa, Graça Fonseca, as sete incubadoras existentes na capital (e apoiadas pela autarquia) agregam já mais de 150 pequenas empresas e criaram mais de 250 postos de trabalho, num volume de negócios superior a 20 milhões de euros e uma atração de mais de sete milhões.
A autarca indicou ainda que 30% dos empreendedores nas incubadoras de empresas da cidade são estrangeiros e que algumas destas empresas estão presentes em 23 mercados.
Em declarações à Lusa, a responsável por este estudo, Inês Domingos, explicou que o objetivo foi compreender a realidade do empreendedorismo em Lisboa.
“A compreensão dos dados concretos sobre a realidade do empreendedorismo ainda era uma coisa para a qual ainda não havia estudos. Então o objetivo foi pôr dados para um fenómeno que já se visualizava, mas que ainda não se compreendia”, justificou.
O estudo conclui que o empreendedor típico de Lisboa é jovem (entre os 25 e os 35 anos) e com um grau de qualificação elevado (80 por cento tem pelo menos uma licenciatura) e, por esse motivo, com “mais apetência para o risco”.
Concluiu-se, igualmente, que 40 por cento dos empreendedores já teve uma experiência semelhante à atual.
Relativamente às empresas, concluiu-se que a maioria pertence ao setor das tecnologias de informação e comunicação e que metade está orientada para o mercado interno.
Este estudo perspetivou Lisboa como sendo uma cidade atrativa para os empreendedores, devido à proximidade dos clientes e dos fornecedores, mas apontou como desvantagem o facto de apresentar custos fixos “demasiado altos”.
Dinheiro Digital com Lusa
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